"É uma responsabilidade assinar uma matéria. Em um país em que nada funciona, acho temerário deixar que pessoas sem instrução possam exercer uma profissão que está ligada à formação de opinião", afirma a estudante Mirella Mattos, 23, aluna do 7º semestre e que se forma no final deste ano.
Informação retirada da globo.com
Bom, vamos começar pelo princípio, não é mesmo? Para quem não sabe, antes de qualquer coisa, não faço jornalismo, então provavelmente, alguém fale que é muito fácil eu sair falando por aí que discordo desse monte de protestos sem sentido. Para que fique ainda mais claro, faço administração. Por acaso a lei exige que seja um administrador quem administre a empresa? Salvo algumas situações onde a sua assinatura é necessária, não. Os grandes gestores, ou administradores de grandíssimas empresas são engenheiros, economistas e administradores também.
Bom, os estudantes em jornalismo dizem que é "temerário deixar que pessoas sem instrução possam formar opiniões". Ah, faça-me o favor, vai. Isso não existe! Todo e qualquer ser bem instruído tem a capacidade de formar um ponto de vista próprio e tem o direito de colocá-lo à disposição de quem quer que seja. Não é isso que a Veja, Globo entre outros veículos de comunicação fazem? Eles colocam opiniões lá, e isso, caro jornalista, qualquer pessoa bem formada e instruída pode fazer.
Então para que estudar jornalismo? Resposta mais fácil não há. Quem estuda tem maior acesso ao conhecimento, às tarefas de um jornalista e, na teoria, se torna um profissional mais eficiente, capacitado e melhor posicionado para exercer a profissão. Nosso problema é que a grande maioria das pessoas que ganham diploma de graduação hoje não é capacitada para nada! Os jornalistas que se esforçaram e dominam o assunto não estão preocupados. Para eles o mercado está de braços abertos. Quem se preocupa com essa situação é quem sabe que não é bom de serviço. Quem tem a consciência de que é substituível por ser incapacitado.
Enfim, jornalistas de verdade, não se preocupem. E, para aqueles de mentirinha, boa sorte e, por favor, parem de ocupar colunas de jornais com esse besteirol de que quem não tem graduação em jornalismo não é capaz de formar opiniões. Vá visitar o site da globo e ver as opiniões que determinados jornalistazinhos emitem a respeito de um monte de coisa inútil.
Se nem mesmo a associação de jornalistas se preocupou em entrar com recurso, é sinal de que a coisa faz muito mais sentido do que vocês imaginam.
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Curti muito o blog, Marcão.
ResponderExcluirRefletir faz bem a qualquer um. E você mostrou opinião sobre vários assuntos, sem ser clichê.
De verdade, iniciativa muito boa!
Parabéns!
Carol Palomares
O papel do jornalista não é formar nem emitir opinião. Isso quem faz é o comentarista do jornal e, esse sim, pode ser formado no que quiser, inclusive, o ideal é que ele seja formado na área que ele comenta. O papel do jornalista, e é isso que ele aprende a fazer na faculdade, é apurar. Apurar de forma a evitar que notícias sem embasamento, sem fundamentação sejam publicadas. É difícil? Sai muita porcaria que não tem base nenhuma? Claro! Mas é justamente por isso que temos faculdades de jornalismo. Para que os próximos a exercerem o cargo aprendam a fazer direito.
ResponderExcluirAchar que ainda existirá lugar para todos os bons jornalistas é outro problema. O jornal é uma empresa como qualquer outra, e acho que administradores sabem muito bem que um dono de empresa pode, e com muita frequencia faz, empregar membros da família, amigos ou aliados políticos, e isso num jornal, tem efeitos desastrosos.
Por fim, só é bom lembrar que Veja e O Globo não são exemplos muito bons de Jornalismo de qualidade.
Só pra ter a outra versão da estória também.
Não são exemplos de Jornalismo de qualidade mesmo!! Mas são referência mesmo assim, haha. Donos de empresa costumam sim empregar familiares ou qualquer outro tipo de gente, mas isso não costuma acontecer em empresas de grande porte como os grandes veículos de comunicação do país.
ResponderExcluirConcordo que a função do jornalista é apurar, mas, ainda assim, acho que existem pessoas capazes de fazer isso sem o diploma de jornalista propriamente dito. Não desmereço quem faz o curso, até porque, é uma profissão extremamente complicada. Só acho que não deve ser exclusiva. Não digo que qualquer um consiga fazer o trabalho, mas, quem receber a devida instrução, mesmo que fora da faculdade, pode vir a estar apto para realizar esse tipo de trabalho.
P.S. : Vc é o Gabriel meu irmão? hehehe
Não podia deixar de comentar, afinal, é algo que se relaciona diretamente comigo.
ResponderExcluirAcho que os folgados são os que mais se preocupam com essa medida. Uma pessoa diplomada na área sempre vai estar a frente dos demais, desde que saiba usar todo conhecimento que adquiriu na faculdade.
Mas os folgados devem pensar algo como: "ah, basta eu ter esse pedacinho de papel aqui que eu vou sempre conseguir ter um emprego". Apesar de que isso nunca foi verdade, era um alívio.
Já estou cansado de colegas meus ficarem falando isso de Gilmar Mendes para cá, de "não somos cozinheiros" para lá. Para variar, é hábito do brasileiro comum ficar jogando a culpa em causas externas.
Quem tem qualidade, capacidade e vontade sempre terá. Quem se acomoda, nunca evolui.
A maior sacanagem, talvez, seria a falta de exigência do diploma nos concursos públicos. Mas concurso sempre vai quem estudou ou sabe mais, então basta continuar estudando e sabendo mais. E não vejo uma pessoa de outra área, que não tenha estudado matérias que geralmente caem em concurso a respeito de comunicação se dando melhor que alguém que já estuda Comunicação Social.