quinta-feira, 18 de junho de 2009

O social desigual

Sabe uma daquelas coisas que te irritam profundamente? Uma daquelas coisas que não deveriam existir, mas o homem fez com que acontecesse? É, eu passei por uma situação ontem que me deixou indignado. Não foi nada que me ofendeu ou me machucou, só me deixou meio preocupado com o mundo todo ao mesmo tempo.

Eu me sinto ridículo em ter que disfarçar a ida até o meu carro em estacionamentos públicos. Se eu não for discreto, o flanelinha aparece, diga-se de passagem que do nada, cobrando o que é seu de direito: o trocado por ter vigiado o nosso carro. O mais impressionante de toda a situação é que, eu, o idiota que tem uma mãe que paga imposto para ter direito a estacionamento público e segurança, fico sem graça e COM MEDO de não dar a esmola para o indivíduo. Aliás, se não der, é fato que amanhã, ao voltar para o meu TRABALHO, vou ter meu carro arranhado pelo mesmo cara para quem eu me recusei a dar meu dinheiro.

É absurdo aceitar esse tipo de situação. Tanto para o cidadão comum, que trabalha e dá o dinheiro, quanto para o cara que se julga coitado e usa como justificativa a desigualdade para pedir esmola e se apossar de um estacionamento público. A gente já viu um monte de exemplo de gente que deu a volta por cima porque quis, porque não aceitou a condição imposta pela sociedade. Não quero fazer demagogia nem parecer aqueles sociólogos que falam como tudo deveria ser. Eu não sei qual é a solução para isso, só sei que me incomoda. E não custa nada desabafar de vez em quando, né?

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